"Blade runner, o caçador de andróides" é um filme da década de 80 e a ficção se passa nas primeiras décadas do século XXI (já chegamos nela) e a humanidade já inicia a colonização espacial, e para trabalhar nos serviços pesados e perigosos nas novas colônias cria máquinas muito semelhantes aos humanos – os replicantes ou andróides – que teriam um “tempo de vida” programado. Por causa de um motim, os andróides são proibidos de viver na Terra, e são caçados por policiais treinados – os "blade runners" – que têm permissão para destruí-los.
Dirigido por Ridley Scott (de "Alien, o 8º passageiro, "Thelma e Louise" e "Gladiador") o filme é definitivo em matéria de ficção científica, tornando-se um "cult" pelo impressionante visual assustadoramente apocalíptico, com uma Los Angeles futurista, decadente, apinhada de gente, com uma aparência sombria e uma chuva ácida constante - o sol simplesmente inexiste.
Harrison Ford (o famoso "Indiana Jones") é o detetive incumbido em descobrir os andróides que se rebelaram e se recusam a "morrer", e os andróides rebeldes são liderados pelo Rutger Hauer (charmoso e talentoso ator de "O feitiço de Áquila"). E a trilha sonora, um atração a parte, é do músico grego Vangelis (do também excelente "Carruagens de fogo").
E o filme é também cultuado até hoje por ser instigante em sua proposta de reflexão sobre os rumos que a humanidade vem tomando em seus valores morais e éticos. E anos depois do lançamento do filme, surge a "versão final do diretor" muito mais instigante ainda (veja a crítica de Marcelo Janot, no final do texto).
Filosoficamente há o dilema existencial, do ponto de vista dos quase humanos andróides que lutam para sobreviver, porque ninguém, nem mesmo um andróide, quer ser finito - quem somos? de onde viemos ? o que nos torna "humanos" ou não ? - a fala final do "replicante" Rutger Hauer (veja abaixo) quando diz que todos os momentos ficarão perdidos no tempo "like tears in the rain,...time to die" é emocionante e definitiva.
Filosoficamente há o dilema existencial, do ponto de vista dos quase humanos andróides que lutam para sobreviver, porque ninguém, nem mesmo um andróide, quer ser finito - quem somos? de onde viemos ? o que nos torna "humanos" ou não ? - a fala final do "replicante" Rutger Hauer (veja abaixo) quando diz que todos os momentos ficarão perdidos no tempo "like tears in the rain,...time to die" é emocionante e definitiva.