O meu
último texto no blog deu o que falar (sobre a mastectomia preventiva da atriz
Angelina Jolie e a flacidez da idade). Agradeço os inúmeros acessos e os
elogios que recebi por e-mails (como sempre, evitam comentários diretamente
no blog), incentivos tão importantes pois servem para que eu continue a escrever.
O meu texto inclusive ganhou um espaço exclusivo em outro blog, "A Janela do Abelha”, aliás
um ótimo blog sobre política e afins (do jeito que eu gosto, ou seja, politicamente incorreto), que eu recomendo, e que inclusive pode ser acessado por aqui, a partir do meu blog (link na “minha lista
de blogs”, na coluna lateral).
E, como
tudo que acontece na minha vida me serve de fonte de inspiração para escrever, aproveito
outro tema de um dos meus últimos textos, sobre cantadas vindas de homens com H
e h, pois diante de uma boa cantada, nós mulheres nos deixamos envolver até
onde haja respeito e consideração.
Como sempre
me pegam para "conselheira sentimental", estava eu dando umas dicas sobre relacionamentos
para um amigo, eis que um charmoso e praticamente desconhecido espécime
masculino, ao ouvir a deixa sentimental para o meu amigo em questão, me
pergunta sutilmente se, além de médica, assim como eu estava aconselhando o meu
amigo, se também eu poderia ser ouvinte das suas “lamúrias sentimentais”, e
aproveitou a deixa para me convidar para um chopp.
Fingi na hora que não
entendi a cantada, mas depois pensei bem e, como o fulano me pareceu um
espécime raro do mundo masculino, decidi reconsiderar a cantada sutil. Por que
não dar uma chance, quem sabe esse espécime seja um dos poucos raros, sensíveis
e respeitadores que andam por aí? Decidi procurá-lo minutos antes de ele deixar
o recinto, e deixá-lo, ao menos, conhecer um pouco de mim, através do meu blog,
e ensinei-o “como me achar” no google. Se ele realmente se interessou, vai
acabar lendo esse texto e se reconhecerá nele, e quem sabe...
E, como
para mim, “a vida é um filme inacabado”, juntando esses meus dois últimos
textos (sobre “cantadas e homem com H e h” e o outro sobre a “flacidez
masculina/feminina”), eu literalmente não consigo ficar calada quando sou
confrontada com a mediocridade de alguns outros espécimes masculinos; assim,
surgiu essa nova inquietação que me tomou "de assalto", e se transformou em mais um texto questionador.
Existem
homens (com h minúsculo) que têm a capacidade de me causar ojeriza, nojo mesmo. Um
deles é um professor de medicina, que se acha (mas não é) um expert em
ecocardiografia, e me dá asco ouvir o monte de asneiras que ele professa, durante sessões clínicas, na Universidade em que trabalho (saí, no meio de uma dessas sessões, sem reagir, pois era a única coisa sensata a fazer, pois não há o que discutir diante de tanta asneira e burrice vinda de uma só pessoa).
Fico a me perguntar como podem deixar um embuste como ele continuar a ensinar o que não tem o menor domínio, ele é de uma incompetência sem par em ecocardiografia (não tem noção do básico em Doppler), me dá ojeriza ouvir tanta burrice e tanto engodo vindos de uma só pessoa, e mais asco ainda perceber que as pessoas à volta não enxergam (muitos sabem, mas fingem não saber) o quão incompetente e mau caráter é o sujeitinho asqueroso.
Fico a me perguntar como podem deixar um embuste como ele continuar a ensinar o que não tem o menor domínio, ele é de uma incompetência sem par em ecocardiografia (não tem noção do básico em Doppler), me dá ojeriza ouvir tanta burrice e tanto engodo vindos de uma só pessoa, e mais asco ainda perceber que as pessoas à volta não enxergam (muitos sabem, mas fingem não saber) o quão incompetente e mau caráter é o sujeitinho asqueroso.
Outro espécime
que me dá ojeriza só de lembrar é o tal que me envolvi há pouco tempo, pois
hoje sei que o mesmo não vale nada e, como muitos homens com h minúsculo, esse
em questão tem uma “senhora” lábia, engana que só ele, mas claro, não por muito
tempo. Este foi o segundo "cafa" que bobeei e deixei entrar na minha vida, mas meu amor próprio e minha auto estima sempre falam mais alto, e rapidamente consigo me livrar deles.
Em compensação, enquanto uns se camuflam muito bem, outros ao contrário parecem fazer questão de se revelar o esgoto e a escória do mundo macho, logo de cara.
Em compensação, enquanto uns se camuflam muito bem, outros ao contrário parecem fazer questão de se revelar o esgoto e a escória do mundo macho, logo de cara.
E foi assim
que nasceu esse novo texto, fresquinho, saído do forno, por conta de uma nova
indagação (e indignação) que tive, ao me deparar esta semana, com um tipinho desses, ou seja,
a legítima escória do mundo machista, ao ter que lidar com um estranho que se
revelou de cara o protótipo do homenzinho (com h minúsculo) mais asqueroso que
já topei na minha vida e que, sem nenhum pudor, escandalosamente assume, e resume, todo o contexto dos
meus dois últimos textos.
Estava eu
realizando exames ecocardiográficos de rotina numa das clínicas que trabalho, quando
adentra na minha sala o tal sujeito, que contava com seus avançados setenta e
poucos anos de idade, e o exame era, segundo ele, um “check up”, porque ele queria
usar, pasmem, testosterona, e estava fazendo uma 'bateria de exames", porque tinha
medo que "a droga provocasse câncer” e comentou inclusive sobre o caso da atriz
Angelina Jolie.
E, do nada,
aliás, muito à vontade, sem nenhum pudor, começou a contar que tem, nada mais nada menos, cinco mulheres, todas aos seus pés. A primeira
é a própria esposa que é da idade dele, e não forneceu mais detalhes.
Uma segunda
mulher, que é uma sessentona “apaixonada por ele”, e que ele aproveitava para
explorar os serviços dela; segundo ele, a tal organiza toda a agenda dele
(pessoal e profissional), de graça, esperando “algo” em troca, mas como ela já é “coroa” e tem mau hálito (pasmem, “a coroa” é, pelo menos, dez anos mais
jovem que ele), ele não a quer.
A terceira
mulher é uma de 39 anos, que ele montou uma casa (ele se diz "finalmente rico" e agora
quer “aproveitar a vida”) para ela e o filho de dois anos, que até então ele
achava que era dele, até fazer o exame de DNA e descobrir que o filho é de um
sargentão da PM (eu diria do Ricardão, mas tive que me conter, e ser apenas
ouvinte de tanta barbaridade) e o pobre infeliz não se dá por vencido, e diz que
a tal mulher de 39 anos “é uma coitada” (e o chifrudo, o que é então?).
Mas o
fulaninho não entrega os pontos, pois a atual tem "trinta aninhos", e o sujeitinho
de setenta e poucos anos diz "estar rico e curtindo a vida" vivendo essa “paixão”
de 30 anos de idade pois, segundo ele, a trintona está apaixonadíssima por ele (“leia-se", pela dinheirama dele).
Um corno
velho é o que o sujeito é, e o pior, sem noção. Vamos então ao pobre diabo por dentro e
por fora: o exame do coração e carótidas mostravam órgãos normais, mas com
todos os sinais de envelhecimento (fiz questão de frisar bem isso, e bem detalhadamente, no laudo), e o
exterior do tipinho constava de um indivíduo magro sem barriga, mas com o peitoral caído, a pele
flácida, cabelos rarefeitos e grisalhos, e manchas senis nos braços. Não era o "cão chupando manga", mas também não tinha nenhum
traço ou resquício de beleza alguma, diga-se de passagem.
Tive
ímpetos de pegar o endereço dele e mandar de presente um espelho, porque o
sujeitinho está precisando de um, pois provavelmente a bunda e o saco também estão
caídos, mas o Viagra ainda engana bem, e o sujeitinho se acha o tal, vai levar
outra corneada homérica e ficar pobre com o saco murcho, a bunda caída, e com
câncer no pau. Um asco. Um lixo humano.
O
sujeitinho desqualificado ainda teve a audácia de contar que abandonou uma quinta
mulher, pois a mesma teve câncer de mama e teve que sofrer mastectomia, e ele
diz com a cara mais lavada que não tem tesão (ou Viagra, eu diria) por mulher
com cicatriz pelo corpo.
Sujeitinho
asqueroso e desprezível como esse, eu nunca tinha tido o desprazer de conhecer,
até então. E desabafo aqui, porque não pude responder a altura, pois minha posição
na ocasião não me permitia revidar a vontade de vomitar que senti na hora.
E como a
razão do meu blog existir é que considero “a vida um filme inacabado”, e “tudo
que acontece na minha vida me leva ao mundo do cinema”, esse diálogo surreal
com esse crápula setentão, eu não poderia deixar de exemplificar esse texto, sem
uma película representativa. Depois de tanta
mediocridade sem poder reagir, o melhor a fazer é assistir a magia do cinema, para nos devolver a
vontade e a tolerância para suportar esse mundo real machista asqueroso.
Assim,
recomendo os belos filmes abaixo sobre diferentes tipos de relacionamentos (amorosos, amistosos ou fraternos) de verdadeiros homens com H
maiúsculo com mulheres mais velhas que eles, em que o respeito é primordial e
recíproco, qualquer que seja o relacionamento e a idade em questão.
O antigo drama
romântico “Houve uma vez um verão” ("Summer of 42", da década de 70, com sua bela trilha sonora instrumental) mostra o
aprendizado e a iniciação sexual de um jovem adolescente com uma mulher madura em
plena segunda guerra mundial.
“Simplesmente
complicado” traz uma Meryl Street divinamente madura, muito segura de si em suas relações amorosas, praticamente de bem com o seu visual e seu corpo (tanto a personagem como a própria atriz), do alto dos seus atuais sessenta e poucos anos.
“Minhas tardes com Margueritte” é um poético filme francês que traz o bonachão Gerald Depardieu em perfeita sintonia com a veterana e oitentona
atriz francesa Giséle Casadesus num inexplicável e belo encontro de almas.
E a
divertida comédia dramática “Ensina-me a viver” (link abaixo para texto sobre
esse filme "Harold and Maude") nos faz acreditar que o mundo ainda não está totalmente perdido.
E como a música também faz parte do meu universo, deixo a bela música "Super-Homem" do Gilberto Gil, para provar que ainda tenho esperança no mundo masculino.
http://rosemerynunescardoso.blogspot.com.br/2009/11/o-filme-ensina-me-viver-harold-and.html
E como a música também faz parte do meu universo, deixo a bela música "Super-Homem" do Gilberto Gil, para provar que ainda tenho esperança no mundo masculino.
http://rosemerynunescardoso.blogspot.com.br/2009/11/o-filme-ensina-me-viver-harold-and.html