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quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Rei Arthur nada tem a ver com Carlos Magno (alguém conta essa pro Temer)

Olimpíadas, o golpe do impeachment, jogos paralímpicos, e agora eleições... tudo isso me deixou um pouco afastada do blog (mas não do cinema, óbvio) e assim, já com muitos me cobrando a volta dos meus textos, eis que uma amiga (que curte o que escrevo, inclusive minha verve politizada) me pede um texto (para uma ajuda na conclusão de curso da sua filhota) sobre a fábula do “Rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda no cinema.

Amo ler e escrever sobre fábulas e fantasias. Ainda mais depois do nosso “queridíssimo” usurpador do poder Michel Temer(oso) ter confundido (what???!!!) o imperador Carlos Magno (figura histórica que comandou o verdadeiro império sacro romano) com o rei Arthur (herói lendário britânico, folclórico e imaginário, que até pode ter sido inspirado em algum bravo soldado da Grã-Bretanha).

Confundiu???!!! Disse Temer, em uma entrevista recente ao jornal O Globo: Eu me sinto como Carlos Magno... quando eu tinha 11 anos, ganhei um livro chamado Carlos Magno e os doze cavaleiros da Távola Redonda. Mas afinal, o que tem a ver o “cú com as calças”???!!! Uahuahuah.

Uma pausa para reflexão: costumam reclamar de gafes de políticos semi-analfabetos, mas o que dizer de um presidentO golpistO que adora posar de intelectual, que se acha um poeta (poesia nada poética, bem ruim diga-se de passagem), que adora citar frases em latim (pimentorium in annus outrem refrescus est”... kkk) e se gaba com discursos sempre repleto de mesóclises (o povo brasileiro? “fude-lo-ei)...



E, no entanto, numa entrevista previamente marcada (portanto numa situação confortável sem estresse), o tal FrankensTemer consegue confundir um imperador romano (que realmente existiu) com uma figura lendária conhecidíssima de qualquer criança (minimamente inteligente e culta) como o único herói que arrancou a famosa espada “Excalibur” da pedra??!!

O tal presidentO (eternamente interino) é um engodo, não há dúvidas. Se ele ainda tivesse confundido Os Cavaleiros da Távola Redonda com Os Três Mosqueteiros, vá lá... (mesmo assim, seria um despropósito para quem tem um conhecimento básico literário), mas confundir com Carlos Magno???!!! Prova que ele é tão “fake” como a pseudo paixão da sua mulher de quarenta anos de diferença. Tão falso como o processo de impeachment que acabaram de nos enfiar goela abaixo...

Em tempo: a piada pronta dessa gafe e erro crasso do Temer é que não se sabe se ele queria se referir ao herói Arthur, pois o energúmeno pseudo intelectual misturou tudo, fazendo uma salada homérica (que asno!!!)associando os cavaleiros da Távola Redonda ao imperador Carlos Magno, esse sim um imperador que afanou o trono que era também de direito do seu irmão e de seus primos, ou seja, o usurpador Carlos Magno tem tudo a ver com Temer... Piada prontíssima!!! Uahuahuah.


Mas vamos voltar ao que interessa... afinal esse meu texto não é sobre personagens macabros e demoníacos... se bem que o FrankensTemer está mais para terrir do que para terror... E, para finalizar, como disse o jornalista humorístico José Simão, sobre a nossa macabra política golpista: First, Temer out”. Uahuahuah. 



Dos inúmeros filmes sobre o herói fictício Rei Arthur, a minha eterna paixão cinematográfica, no gênero aventura, é “Excalibur” da década de 80, e também amo o longa metragem de animação A espada era a lei”, dos Estúdios Disney da década de 60.

E, como comédia, não dá para não lembrar de “Em busca do cálice sagrado”, com o nada mais nada menos grupo no-sense” Monty Python, famosos e hilariantes comediantes britânicos dos anos 70, e ainda tem a bela montagem clássica “Camelot” dos anos 60, e muito muito mais (a lista ultrapassa a marca de trinta películas, isso sem contar as séries, quadrinhos e outros).

Arthur foi um rei lendário da antiga Grã-Bretanha que teria vivido entre o século IV ou V da nossa era (alguns estudiosos acreditam que Arthur realmente existiu e viveu na Grã- Bretanha, mas não há provas históricas/arqueológicas que provem com exatidão essa crença).

As chamadas lendas arthurianas juntam fatos históricos, religiosidades, mitos e contos populares para contar a história do jovem que, ao arrancar a espada de nome “Excalibur” fincada na pedra (em outra parte ou versão da história, a  “Dama do Lago é quem entrega a espada a Arthur) ganhou o direito de governar os bretões da cidade fictícia de Camelot e da ilha de Avalon. 



Segundo a lenda, Arthur foi abandonado pelos pais e então foi criado pelo mago Merlin que tornou-se seu amigo e mentor. Arthur se casa com a bela Guinevere que, no entanto, se apaixona pelo seu amigo Lancelot, um dos cavaleiros da Távola (mesa) Redonda, enquanto isso tem um filho com sua meia-irmã Morgana.

Em A espada era a lei” (The Sword is a in the stone) os estúdios Disney nos brinda com uma bela versão animada da história do herói fictício.


A lenda foi se ampliando através dos séculos, sendo acrescidas histórias folclóricas com os outros cavaleiros da Távola, tais como Tristão (Tristão e Isolda), e inclusive histórias religiosas do Santo Graal (que seria o cálice que Jesus usou na última ceia).

“Em busca do cálice sagrado” (Monty Python and the Holy Grail), do eterno e hilário grupo humorístico dos anos 70, o famoso e inesquecível Monty Python, é uma comédia no-sense que mistura esses vários contos fictícios.



“Camelot” (nome da cidade e do castelo lendários de Arthur, na Grã-Bretanha) é a versão clássica dos anos 60 para o cinema, com Richard Harris no papel de Arthur, e com a ainda jovem, e sempre bela e elegante Vanessa Redgrave no papel de Rainha Genevere (ou Genebra). 



Na década de 90, a produção francesa Les Chevaliers de la table ronde” foi teatralizada com uma canção homenageando o mito dos cavaleiros fictícios.



Já o “Rei Arthur” de 2004, que teve como elenco os atores Clive Owen e Keira Knightley nos papéis principais, tenta provar que o rei lendário um dia realmente existiu. 



As brumas de Avalon (The mists of Avalon) traz a atriz Julianna Margulies no papel de Morgana que conta a história da cidade fictícia Camelot na Grã Bretanha, e da saga do rei Arthur, sob a visão das sacerdotisas da ilha de Avalon. 




No último evento de cultura pop, o Comic Con 2016 (que aconteceu em meados de julho em San Diego, na Califórnia), foi apresentado o trailer da mais nova versão do Rei Arthur”, do diretor Guy Ritchie, que só irá para a telona no início de 2017.




Postado por Rosemery Nunes

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