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domingo, 31 de outubro de 2010

Auto-estima e felicidade

Um amigo me questiona: “Afinal, o que é ser feliz nesse mundo? E continua: O que é felicidade? Quais os “critérios” para medir felicidade??  Estávamos naquele momento, num restaurante, num bate-papo entre poucos amigos (amigos reunidos, para um papo-cabeça, é assim, nunca são muitos), e simplesmente esquecemos do tempo lá fora (tanto que quase acabei perdendo a hora para um outro compromisso).

E respondi então ao amigo que, para mim, como naquele momento, eu me sinto feliz ao lado de pessoas que me fazem bem, que me respeitam, que têm “algo a dizer” e isso me basta – hoje, depois dos altos e baixos que a vida nos prega, tenho a exata noção de que a felicidade é assim, pontual, num eterno vai e vem, em ciclos.

Se eu gostaria de dividir esses momentos “pontuais” de felicidade com um parceiro? Claro que gostaria, mas o tal parceiro tem que estar curtindo esses momentos tanto quanto eu, e não estar ali presente apenas por obrigação, cumprindo um ritual, como vejo em muitos casais que conheço. Por isso não troco minha vida de “solteira” (divorciada) por nenhum relacionamento que não me traga uma felicidade maior que a que estou vivenciando, sozinha comigo mesma.

E aí eu me pergunto: sou eu que espero e exijo demais de uma relação ou são as pessoas a minha volta que se contentam com pouco???  Vivo muito bem sozinha, cercada de amigos, filhos e parentes, assim, um relacionamento com um parceiro tem que ser melhor ainda que estar sozinha, por isso sou exigente, porque antes de tudo, gosto muito de mim.

Alguns me questionarão: “mas você não pode exigir que o seu parceiro concorde cem por cento com você nos gostos, atitudes e pensamentos”. Concordo, do contrário não seria um parceiro, seria um sósia, um clone de mim. E eu não quero uma cópia de mim mesma, até porque, como todo mundo, tenho um monte de defeitos, mas é justamente aí que eu me baseio num relacionamento – todos nós temos defeitos, e num relacionamento o que importa é se eu vou tolerar (e conviver harmonicamente com) os defeitos do outro, e vice-versa, pois há defeitos intoleráveis para mim que comprometem todo o relacionamento, um deles é esse, alguém estar comigo em algum lugar por obrigação.

Outro “defeito” que jamais tolero é traição, pois traição para mim, me fere a auto-estima e amor próprio – e auto-estima para mim é vital, é a base de toda minha felicidade, é estar bem comigo mesma, é me aceitar como sou, e ser traída fere a todos esses meus princípios, pois logo questiono o quanto realmente eu sou dispensável na vida daquela pessoa que me trai. Assim, diante de qualquer sinal de traição, por menor que seja, eu prefiro sair da relação, pois se a felicidade é pontual, acho que o sofrimento também deve ser pontual, e para mim, continuar numa relação baseada em traição é sofrimento eterno e não pontual.

A mulher, dizem, é mais sensível que os homens, deveria então sofrer mais com a traição, mas mesmo assim é a mulher que aceita de volta o traidor, e raramente acontece o contrário (nas poucas vezes que o homem é traído, ele e a sociedade machista raramente aceitarão de volta a mulher traidora).

Porém em minha opinião o ser humano, independente do gênero, pode ser mais ou menos sensível,  mas culturalmente “homem não chora” e consequentemente não pode aceitar a traição feminina, e é sempre a mulher, apesar do sofrimento e da baixa auto-estima que gera uma traição, que aceita de volta o traidor.

Um dia, ainda espero uma reviravolta da mulher, que a mulher passe a se dar mais valor, a acreditar mais em seu potencial e força como ser humano. Mas já faço a minha parte, não traio e não admito ser traída, e não me deixo ser massacrada moralmente no meu trabalho, nem em nenhum setor da minha vida. 

E a letra da música "The greatest love of all" (veja vídeo abaixo) resume o meu texto e a minha filosofia de vida: 
"I decided long ago never to walk in anyone's shadow.
If I failed, if I succeed, at least I lived as I believed. 
I found the greatest love of all inside of me.
The greatest love of all is easy to achieve learning to love yourself, it is the greatest love of all".

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