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quarta-feira, 16 de junho de 2010

"Os bons e eternos companheiros" - livros, cinema, música e dança

Adoro ler, e dizem que quem gosta de ler, pode até estar só, mas nunca será um solitário – e é verdade, o livro é um companheiro que não nos decepciona (se bem escolhido, claro, como qualquer boa companhia). Com a leitura atravessamos fronteiras dos países, do mundo, do universo, e até as da alma “viajamos”, inclusive, para dentro de nós mesmos.

Com o livro, a imaginação corre solta, o autor descreve um personagem, uma cena e/ou uma paisagem, mas fica a cargo dele só o esboço, e cabe a nós, leitores, criarmos a imagem dos mesmos, na fantasia do nosso subconsciente, da melhor maneira que nos agradar a imaginação.

Já o cinema, ao contrário, já traz o personagem “pronto”, as paisagens já estão ali, do jeito que o diretor e o produtor imaginaram a cena descrita. Por exemplo, de um best-seller literário a cena é captada “à semelhança” da imaginação do cineasta, mas em compensação, se "cair" nas mãos de um bom diretor e de um talentoso ator, está garantida – o cinema te dá algo que o livro não consegue – a eterna imagem de uma cena, cuja expressão do ator ficará marcada, para sempre, na nossa memória, principalmente se a cena é acompanhada de uma bela trilha sonora.

Por exemplo, em “Cinema Paradiso” (ver texto e trailer sobre esse filme, aqui no blog, em outubro de 2009) o olhar hipnotizado e “marejado” do ator, diante das cenas “emendadas’" de beijos e mais beijos famosos, desde os primórdios do cinema na telona, ao som instrumental da bela trilha sonora do maestro italiano Ênio Morricone, é absolutamente inesquecível.

Em “Simplesmente amor” ("Love actually"), não há como não se emocionar com a expressão de surpresa e encantamento da atriz Kira Knightley, quando descobre, sem querer, a paixão platônica e secreta que o melhor amigo do seu companheiro nutre por ela, sob o olhar constrangido e desesperado do mesmo, na pele do ator Andrew Lincoln. E ainda nesse filme, a dor da traição nos olhos marejados, na interpretação magistral da atriz Emma Thompson, nos leva a sofrer junto com ela (ah, a dor da traição, sempre dolorosa, não importa o sexo), ao som da bela música  “Both sides“ (dos anos 70) de Joni Mitchel.

E ainda nesse filme, aproveitem para ver também, o ator brasileiro Rodrigo Santoro fazendo papel romântico com a atriz americana Laura Linney, nessa emotiva mas também divertida comédia romântica, com uma trilha sonora excelente, que fala do amor entre pais e filhos, entre amigos e entre casais, e que conta também com outros grandes atores como Alan Rickman, Colin Firth, Lian Neeson e uma ponta hilária com o “mister Bean”, e também tem a ótima performance dançante do ator Hugh Grant (veja cena no recente texto, aqui no blog, “Cinema, música, dança - irresistíveis”).

Em “Antes do amanhecer”, temos a singela e cativante cena de Ethan Hawke e Julie Delpy que, tímidos, desviam o olhar um do outro, ficam “sem graça” diante do crescente interesse um pelo outro, e não conseguem se encarar, ao som da música “Come here” de Kate Bloom – e prá quem não conhece, e gostar, não deixe de ver a sequência desse filme, com o reencontro do casal (rodado oito anos depois, com os mesmos atores) em “Antes do pôr do sol”.

Em "Quase famosos" (leia texto sobre esse filme, aqui no blog, em dezembro de 2009), Kate Russel nos emociona com sua disfarçada mas triste reação, na cena em que descobre que foi "trocada" numa aposta por um "punhado" de dólares e cerveja (veja no final do texto).

Em “Hora de voltar” ("Garden State"), dá vontade de "soltar os bichos" junto com o ator Zach Braff, na cena antológica em que ele resolve dar seu “grito de liberdade” na beira de um abismo, ao som de Simon and Garfunkel, com a música "The only living boy in New York" (ver texto e trailer desse filme, aqui no blog, em novembro de 2009).

O cinema tem essa pequena vantagem sobre a leitura, mas a verdade é que um complementa o outro, simplesmente não dá prá viver sem os dois. Junte a isso, a dança e a música e "o mundo está a salvo". Pelo menos para mim.





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