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domingo, 23 de janeiro de 2011

"Trair e coçar... pode em ferida terminar"

Um amigo me questiona: o que é traição masculina? E exemplifica: seria apenas quando um homem tem uma parceira fixa, constante, além da “oficial”? Traição seria também um encontro furtivo casual “sem compromisso”? (sugerindo que só no 1º caso é que seria realmente traição).

A pergunta foi direcionada a mim, e eu rebati de volta – E a traição feminina? Se a sua mulher te traísse também furtivamente, num encontro casual, “sem compromisso”, então também não seria traição, certo? E o amigo retruca: “não sei o que dizer, não saberia responder, nunca passei por isso”.

What???? Como é que é????? Como são presunçosos os homens. Traem, arranjam desculpas esfarrapadas para tal, do tipo “faz parte da natureza masculina”, e abobrinhas do gênero (bem cômodo, não?), mas não querem (e muito menos admitem) serem traídos.

O cinema não podia deixar de lado essas relações conflituosas com suas dolorosas conseqüências – “trair e coçar” pode até ser fácil começar, mas nunca acaba bem, sempre alguém sai machucado e não é qualquer “remédio anti traição e coceira” que resolve o trauma de uma traição – veja, no final do texto, trailer do filme “Ligações perigosas”, passada na França do século XVIII, com Michelle  Pfeiffer e John Malkovich, e a mesma história retratada na Manhattan do século XX em “Segundas intenções”. E tem também o ótimo “Brincando de seduzir” (“Beautiful girls”) com a ainda menina Natalie Portman e o sempre charmoso Matt Dillon, ao som da inesquecível música “Sweet Caroline”(de Neil Diamond, também gravada por Elvis Presley).
O homem alega que não “pega bem” se ele não ceder ao flerte fácil, pois vai ser “pichado” pelos amigos, afinal ele tem que “honrar” a fama de macho e “mostrar serviço”. E segundo essa filosofia barata, a mulher que não cede
leva fama de "difícil", e ao contrário, "não pega mal", e a mulher "não tem necessidade, não é da natureza feminina". Bullshit.

O interessante é que, nas minhas “idas e vindas” pela vida e pelo mundo do “psiquê” das pessoas (não sou psicóloga, muito menos “padre”, mas as pessoas adoram me fazer de “confessionário”, sem eu nada perguntar), tenho me impressionado com o número de mulheres que traem ocasionalmente, muitas delas nem mesmo eu suspeitaria (ou mesmo acreditaria, se não fosse a própria pessoa a confessar “o delito”),

e quando pergunto o porquê da traição, a resposta feminina é sempre a mesma: vingança, pois o seu parceiro “oficial” também o faz (ou fez), e também por curiosidade, prá “experimentar” a novidade. Acho estranho "pagar na mesma moeda", mas parece que essas mulheres resolveram se rebelar e agem furtivamente, se justificando do mesmo jeito que os homens, ou seja, tipo "pintou um lance e não deu prá evitar". Baseado em quê esse tipo de relacionamento vai prá frente???? Estranho, muito estranho.

Só que mulheres, como eu, quando descobrem que, um fulano, ao contrário, resistiu às investidas explícitas de alguma oferecida, ele até pode ser pichado pelos amigos, mas sobe no conceito das mulheres bem resolvidas, independentes e de alta estima, ele na verdade ganha pontos extras no “currículo” e imediatamente entra na minha seleta lista de homens que valem a pena investir num futuro relacionamento.

Ao contrário, perde pontos e entra na minha “lista negra” quando pula a cerca. É porque para mim, ao me trair com uma qualquer, o fulano simplesmente me faz questionar o porquê da necessidade de ter sexo “em outra freguesia”, assim minha auto-estima vai ao fundo do poço e..... era uma vez, não rola mais, simplesmente fico “frígida” para aquele indivíduo. Sou exclusiva, dou exclusividade e portanto, exijo exclusividade nos meus relacionamentos.

Homem galinha só tem vez na lista de mulheres coitadas, derrotadas e de baixa-estima, que aceitam a traição como um mal necessário, ou então está no rol das pistoleiras que pouco se importam com a infidelidade do fulano, desde que tenha garantido o “leitinho das crianças” (leia-se jóias, roupas de grife, “lipos” e gasolina).

atenção, homens infiéis, , antes de cederem a tentação de um flerte (ocasional ou não) para satisfazer aos amigos e a fama de macho, cuidado, pensem bem, porque o “feitiço pode virar contra o feiticeiro”, ou seja, sua parceira pode, há muito tempo, estar dando o troco, bem debaixo do seu nariz empinado de macho fodão.

E você, homem fiel, não se preocupe “com o que os amigos vão pensar”, pode contar que tua fama no rol das mulheres poderosas, independentes e de alta estima é de número 1, você vai para a lista dos preferidos e tão logo fique solteiro, "me aguarde, estou na fila".









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