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sábado, 29 de janeiro de 2011

História e curiosidades da sétima arte

Artes como a pintura e a música datam de longínqua história, com nascimento de início impreciso, havendo registros primitivos da primeira desde os tempos da “pedra lascada”, e registros rudimentares da segunda remontam dos primórdios do século VII. Já a história do cinema, ao contrário, tem praticamente data certa, e é uma das mais “jovens” do cenário das artes, coincidindo com a evolução tecnológica (registrando-a inclusive) de toda a sociedade como um todo.

Como não me canso de dizer, cinema é "a arte dentro da arte", e parafraseando o belo filme promocional dos estúdios Disney, desde o momento em que eu fui apresentada ao mundo do cinema “não durmo mais para descansar, durmo para sonhar”, e o cinema é a verdadeira arte que realmente me faz sonhar.

E o prêmio Lumière aos maiores talentos do cinema francês (incluindo países francófonos) acaba de acontecer em Paris, no início da 2ª quinzena de janeiro. O prêmio é conhecido como o “Globo de Ouro francês” pois, como o seu concorrente americano, também premia nomes do cinema e da televisão (já o “Cesar awards”- o “Oscar francês”- acontecerá em fevereiro, mesma época do seu “rival” estadunidense).

O prêmio é concedido pela Academia Lumière que, para quem não sabe, recebe esse nome em homenagem a dois grandes e ilustres cidadãos franceses, os irmãos Auguste e Louis Lumière.

A sétima arte teve como marco inicial o fim do século XIX, mais precisamente no ano de 1895, com a invenção do cinematógrafo, o primeiro equipamento usado para registro e exibição de filmes pelos irmãos Lumière (na verdade, anos antes Thomas Edison já tinha inventado o cinetoscópio que registrava imagens animadas para visualização individual - veja vídeo do Museu do Cinema, no fim do texto).

Os irmãos mostraram, na Paris de 1895, a primeira exibição pública paga de cinema – o filme, intitulado “A chegada do trem na estação”, durava apenas alguns minutos, e obviamente via-se um trem chegando numa estação (veja vídeo no final do texto) – “reza a lenda” que, conforme a locomotiva se aproximava cada vez mais da câmera, os espectadores assustados corriam para fora da sala de projeção, com medo que a mesma fosse alcançá-los e atropelá-los – era a era pós-revolução industrial, e a tecnologia já avançava “a olhos vistos”, e a população ainda não estava preparada para tanto "progresso tecnológico".

A melhor definição que ouvi sobre “tecnologia” foi de um tecnólogo da comunicação que, quando interrogado sobre o que ele considerava tecnologia, sabidamente respondeu:

domingo, 23 de janeiro de 2011

"Trair e coçar... pode em ferida terminar"

Um amigo me questiona: o que é traição masculina? E exemplifica: seria apenas quando um homem tem uma parceira fixa, constante, além da “oficial”? Traição seria também um encontro furtivo casual “sem compromisso”? (sugerindo que só no 1º caso é que seria realmente traição).

A pergunta foi direcionada a mim, e eu rebati de volta – E a traição feminina? Se a sua mulher te traísse também furtivamente, num encontro casual, “sem compromisso”, então também não seria traição, certo? E o amigo retruca: “não sei o que dizer, não saberia responder, nunca passei por isso”.

What???? Como é que é????? Como são presunçosos os homens. Traem, arranjam desculpas esfarrapadas para tal, do tipo “faz parte da natureza masculina”, e abobrinhas do gênero (bem cômodo, não?), mas não querem (e muito menos admitem) serem traídos.

O cinema não podia deixar de lado essas relações conflituosas com suas dolorosas conseqüências – “trair e coçar” pode até ser fácil começar, mas nunca acaba bem, sempre alguém sai machucado e não é qualquer “remédio anti traição e coceira” que resolve o trauma de uma traição – veja, no final do texto, trailer do filme “Ligações perigosas”, passada na França do século XVIII, com Michelle  Pfeiffer e John Malkovich, e a mesma história retratada na Manhattan do século XX em “Segundas intenções”. E tem também o ótimo “Brincando de seduzir” (“Beautiful girls”) com a ainda menina Natalie Portman e o sempre charmoso Matt Dillon, ao som da inesquecível música “Sweet Caroline”(de Neil Diamond, também gravada por Elvis Presley).
O homem alega que não “pega bem” se ele não ceder ao flerte fácil, pois vai ser “pichado” pelos amigos, afinal ele tem que “honrar” a fama de macho e “mostrar serviço”. E segundo essa filosofia barata, a mulher que não cede
leva fama de "difícil", e ao contrário, "não pega mal", e a mulher "não tem necessidade, não é da natureza feminina". Bullshit.

O interessante é que, nas minhas “idas e vindas” pela vida e pelo mundo do “psiquê” das pessoas (não sou psicóloga, muito menos “padre”, mas as pessoas adoram me fazer de “confessionário”, sem eu nada perguntar), tenho me impressionado com o número de mulheres que traem ocasionalmente, muitas delas nem mesmo eu suspeitaria (ou mesmo acreditaria, se não fosse a própria pessoa a confessar “o delito”),

e quando pergunto o porquê da traição, a resposta feminina é sempre a mesma: vingança, pois o seu parceiro “oficial” também o faz (ou fez), e também por curiosidade, prá “experimentar” a novidade. Acho estranho "pagar na mesma moeda", mas parece que essas mulheres resolveram se rebelar e agem furtivamente, se justificando do mesmo jeito que os homens, ou seja, tipo "pintou um lance e não deu prá evitar". Baseado em quê esse tipo de relacionamento vai prá frente???? Estranho, muito estranho.

Só que mulheres, como eu, quando descobrem que, um fulano, ao contrário, resistiu às investidas explícitas de alguma oferecida, ele até pode ser pichado pelos amigos, mas sobe no conceito das mulheres bem resolvidas, independentes e de alta estima, ele na verdade ganha pontos extras no “currículo” e imediatamente entra na minha seleta lista de homens que valem a pena investir num futuro relacionamento.

Ao contrário, perde pontos e entra na minha “lista negra” quando pula a cerca. É porque para mim, ao me trair com uma qualquer, o fulano simplesmente me faz questionar o porquê da necessidade de ter sexo “em outra freguesia”, assim minha auto-estima vai ao fundo do poço e..... era uma vez, não rola mais, simplesmente fico “frígida” para aquele indivíduo. Sou exclusiva, dou exclusividade e portanto, exijo exclusividade nos meus relacionamentos.

Homem galinha só tem vez na lista de mulheres coitadas, derrotadas e de baixa-estima, que aceitam a traição como um mal necessário, ou então está no rol das pistoleiras que pouco se importam com a infidelidade do fulano, desde que tenha garantido o “leitinho das crianças” (leia-se jóias, roupas de grife, “lipos” e gasolina).

atenção, homens infiéis, , antes de cederem a tentação de um flerte (ocasional ou não) para satisfazer aos amigos e a fama de macho, cuidado, pensem bem, porque o “feitiço pode virar contra o feiticeiro”, ou seja, sua parceira pode, há muito tempo, estar dando o troco, bem debaixo do seu nariz empinado de macho fodão.

E você, homem fiel, não se preocupe “com o que os amigos vão pensar”, pode contar que tua fama no rol das mulheres poderosas, independentes e de alta estima é de número 1, você vai para a lista dos preferidos e tão logo fique solteiro, "me aguarde, estou na fila".









sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Arquétipos vampirescos e nerds estereotipados no cinema

O termo “inconsciente coletivo”, apesar das diversas teorias (científicas, psicológicas, filosóficas e espirituais) para explicá-lo, pode ser interpretado como fazendo parte do inconsciente individual, mas que, no entanto, resulta da experiência "ancestral" da espécie, ou seja, contém material psíquico que não provém de uma experiência pessoal.

Por exemplo, como explicar que uma criança de pouca idade não tenha noção ou mesmo medo de altura, e no entanto experimente pavor diante da famosa "cara feia" ou do "bicho papão"? Por que quando adolescentes sentimos, ao mesmo tempo, atração e repulsa por filmes sobre criaturas vampirescas??? É um medo aparentemente infundado, visto que jamais tivemos experiência prévia com tais “criaturas do mal”, que bem sabemos sequer existirem. O psiquiatra suíço Carl Gustav Jung comparava o inconsciente coletivo ao ar, que é o mesmo em todo o lugar, é respirado por todos e não pertence a ninguém.

Jung chamou de arquétipos o conteúdo psíquico do inconsciente coletivo. Arquétipos seriam tendências “herdadas” que levariam o indivíduo a comportar-se de forma semelhante aos seus ancestrais que passaram por situações similares. Eles dão origem às fantasias individuais, e estão relacionadas também às mitologias de todas as épocas.

Podemos citar a imagem de Afrodite/Vênus como o arquétipo de mulher bonita, o Príncipe Encantado como arquétipo do homem perfeito, e Cinderela como arquétipo da mulher à procura de alguém que a ame verdadeiramente, o seu príncipe encantado.

Em todo o indivíduo sempre haverá arquétipos operantes, e todo arquétipo traz características positivas e negativas, por exemplo, você pode querer o príncipe da Branca de Neve (com direito a cavalo branco e tudo), mas também existe um medo de que este vire um sapo, ou que o romance acabe tragicamente como o de Romeu e Julieta.

Todo mundo quer encontrar seu “par perfeito” ou sua “alma gêmea”,

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

It's raining men (or gays) ?????

“Nunca fui gay, mas estou quase virando”, disse recentemente La Brunet (a ex-modelo e atual empresária de moda Luíza Brunet), ao se referir ao eterno clichê da falta de homem na praça. Claro que era em tom de brincadeira, mas reflete a perplexidade das mulheres ao se defrontarem com a "aparente" carência de homens no mercado.

O vídeo “Disfarçando a traição” pode explicar uma possível causa da verdadeira carência de homem no mercado (rsrsrsrsrs).

Antigamente, “bom partido” era o homem bem situado profissional e financeiramente, o tipo protetor. Hoje, o conceito mudou totalmente, mulheres independentes e bem sucedidas (aqui eu me incluo) estão à procura de um parceiro que divida cama, emoções (as boas e as ruins) e filhos (em comum ou não).

Paula Toler (do Kid Abelha), em “Garotos”, numa das estrofes da música, se refere aos homens imaturos que se dobram aos “romances de estação, desejos sem paixão, qualquer truque contra a emoção”. E o estilo “cafa” também já era, mulheres que aceitam cafajestes em suas vidas são, na verdade, mulheres com problemas de baixa auto-estima e falta de amor próprio.

Os homens justificam a traição, dizendo que estão em “vantagem”, alegando que o nº de mulheres é maior que o de homens, ou seja, estaria “sobrando mulher” para eles no mercado, e nós, mulheres, teríamos que nos contentar com tal "teoria", por estarmos em “desvantagem”, e infelizmente, grande parte das mulheres acata tal “abobrinha”, com medo de ficar sozinhas (eu não, me tira dessa, tô fora).

Tudo balela. “Conversa mole prá boi dormir”. Na verdade, segundo últimas estatísticas da ONU (outubro de 2010), nasce mais homens que mulheres em todo o mundo, e pasmem, há nada mais nada menos que 57 milhões de homens a mais do que mulheres em todo o mundo (se duvidas, é só conferir em sites oficiais da ONU, ou no noticiário da “Gazeta News”, no fim do texto – leia abaixo trecho do relatório):

“Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) lançado hoje (20 de outubro de 2010), em Nova York, revela que a população mundial triplicou, entre 1950 e 2010, chegando a quase 7 bilhões de pessoas. Deste total, há aproximadamente 57 milhões de homens a mais do que mulheres em todo o mundo.

O documento, que contém estatísticas e tendências sobre as mulheres no mundo, demonstra que o predomínio do número de homens sobre as mulheres é evidenciado em países mais populosos como a China, onde a proporção de homens é de 108 para cada 100 mulheres, e na Índia, onde são 107 homens para cada 100 mulheres.

Já na Europa a situação é inversa, lá existem mais mulheres que homens. No Leste Europeu são 88 homens para cada 100 mulheres, e em outras partes da Europa o índice chega a 96 homens para cada 100 mulheres. Na América do Sul, são 98 homens para cada 100 mulheres”.

Ou seja, no Brasil, há um pouco mais mulheres que homens no contexto geral, mas se for computado a idade cronológica, isso não é real, pois até os 60 anos de idade sabe-se que há equilíbrio quantitativo entre homens e mulheres (na Europa e no Brasil), e só a partir dessa idade é que aumenta o nº de mulheres em relação aos homens (os homens morrem mais cedo que as mulheres).

Portanto, é tudo balela. Já ouvi de muitos machos a máxima “vocês mulheres têm que se contentar, pois estão em maior nº e têm que aceitar a amante ou ficarão sozinhas” - muito conveniente para os homens pregarem essa filosofia barata (e têm mulheres otárias que aceitam piamente tal “teoria”). Bulshit.

Em muitas cidades, no interior do Brasil, dá-se inclusive o fenômeno inverso, ou seja, o nº de homens na população rural ultrapassa o de mulheres (o filme "Eu, tu e eles", baseado numa história real, mostra a realidade no interior - veja no fim do texto - Regina Cazé com seus três "maridos", ao som de Gilberto Gil, "Paisagem na janela").

Já nas grandes cidades, ao contrário, no contexto geral, há realmente mais mulheres que homens, porém se “olharmos bem de perto” veremos que o nº de mulheres bem sucedidas e independentes é bem menor em comparação ao nº de homens na mesma situação (ou seja, a grande maioria da população masculina dos grandes centros é composta de trabalhadores de nível médio, tanto profissionalmente como culturalmente falando), assim mulheres bem sucedidas, como La Brunet (e novamente me incluo nesse grupo) têm uma legião de pretendentes de sobra, mas que na verdade poucos deles estão à altura delas, por isso a (falsa) carência de homem no mercado para esse grupo de mulheres.

Assim, se levarmos em conta a atual situação, o nº de mulheres bem sucedidas, poderosas e independentes ainda é pequeno, e são mulheres que atiçam o imaginário dos homens, e assim, ao contrário, a proporção de homens para elas é muito grande, o problema aqui é o contrário, essas mulheres estão dispensando centenas de machos, pois eles estão, na maioria deles, muito aquém do nível delas, daí uma Brunet reclamar do “escasso mercado”, há na verdade poucos homens à altura dela (e novamente aqui, modéstia a parte, eu também me incluo).

Já os homens, mesmo os bem sucedidos, tendem a se contentar com mulheres menos promissoras (já que, também para eles, o mercado de parceiras bem sucedidas também é escasso, mesmo na cidade grande), pois infelizmente uma grande parte das mulheres ainda procura um protetor para bancá-las, e com isso não batalham por seu próprio lugar ao sol.

Assim, mulheres, quando algum desavisado vier com a “máxima” de que estamos em desvantagem, justificando traições e flertes, já sabem, respondam a altura, não se deixem enganar, essa é a tática deles, baixar nossa estima para nos desarmar e tirar vantagem (de novo, Paula Toler revela "garotos gostam de iludir, promessas demais, querem que eu seja outra, entre outras iguais"). 

Mas Leoni (ex Kid Abelha) em "Garotos II" canta como certas mulheres (auto-estima em alta) os levam aonde elas querem, e que "garotos, sempre tão espertos, perto de uma mulher, são só garotos".

E Taylor Momsem, atriz do seriado americano "Gossip Girl" declarou recentemente "Não gosto de meninos. Eles me cansam. Não que eu seja lésbica, mas meu melhor amigo é um vibrador". E Paula Toller reforça o coro das mulheres: "garotos fazem tudo igual, e quase nunca chegam ao fim". 


 




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