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quinta-feira, 1 de abril de 2010

"Chatos de plantão"

Todos nós temos nossos gostos, e claro, nossas chatices, mas preservo o direito de ter minha liberdade respeitada, assim como respeito a do meu próximo, e procuro, anarquista que sou, me guiar, seguindo a risca o seguinte lema: “a liberdade de um termina quando começa o direito do outro”, 

assim, quando quero ouvir, assistir, curtir minhas músicas e meus programas prediletos, tenho o cuidado de não incomodar o próximo, pois muitos podem não pactuar com o meu gosto (bom gosto, diga-se de passagem, “modesta” que sou), por exemplo, no carro, antes de ligar o meu som, tenho o cuidado de fechar os vidros e só então coloco  meu CD, e se por qualquer motivo, tiver que abaixar o vidro, imediatamente diminuo antes o som,

então, por que “cargas d’água” justamente os que têm mau gosto (“e mau gosto não se discute, se lamenta”) é que não se mancam? Por exemplo, os que gostam de funk, essa baixaria em forma de pseudo música, com letras de baixo calão, “bate-estaca”, e uma voz de “cantor de banheiro com caganeira”, por que justamente esses “sem noção” é que cismam em ouvir essas baixarias na maior altura, nos seus carros, com vidros rebaixados?

São os “chatos de plantão”, e eles estão por toda a parte – outro exemplo? Os amantes de músicas de corno (leia-se música sertaneja), eles proliferam nos seus apartamentos aos domingos (não contentes, atualmente já começam aos sábados). Já notaram que tem sempre "uma mulher bandida que roubou o coração do otário" ou "a fêmea não presta, não vale nada, mas o idiota continua atrás da pistoleira"? - vá gostar de "ostentar galho" assim em outra freguesia,

e você que nada tem com isso, que é também filho de Deus, é obrigado a ouvir essas letrinhas chinfrim ("preciso de você aqui, não dá mais prá viver assim"), a mesmice de sempre (basta ouvir uma só, e você já "ouviu" todas), letras chatas, repetitivas e simplórias demais (caminhoneiro "escreve e canta" melhor) na voz de cantores chulé de voz esganiçada na maior altura. Não contentes, os tais ouvintes domingueiros se juntam a voz de "taquara rachada" do fulano cantando em uníssono - é muita tortura, "mermão" (e olha que eu moro num bairro considerado nobre, imagina como é na periferia).

E os bregas mais famosos da atualidade, "os arrumadinhos" Victor e Leo? Uns marmanjões almofadinhas (duvido que gostem do que cantam, aquilo é teatro puro) com sua ridícula "fada do amor e varinha de condão" ("você se foi e não me levou, eu espero o tempo que for", ou seja, mais um corno conformado). Aproveitando uma dessas músicas "chatérrimas", parodiando a dupla também famosa pela breguice extrema Bruno e Marrone, só posso finalizar implorando aos chatos de galocha: "não faz isso comigo, sai da minha vida, pelo amor de Deus, antes que eu perca a cabeça......"

Outro exemplo? Os evangélicos e suas pregações aos berros. Quem mora ao lado de uma dessas salas alugadas que viram igreja “tá f.....” – o humorista Leandro Hassum tem um texto muito engraçado sobre isso, que reproduzo um trecho abaixo:
“Não tenho nada contra religião, mas não me adaptei a igreja evangélica. O evangélico grita muito, né minha gente? Amém, amém, Aleluia, aleluia, sempre aos berros. “Pô, reza prá você, amigão. Tá entrando no meu canal de oração, bicho. O cara é Deus, escuta à beça, não precisa gritar, ele escuta bem, ele é Deus”(veja, no fim do texto, o humorista no Jô Soares).

Quer mais? Os flamenguistas pentelhos. Será que eles não percebem o quanto são inconvenientes? Enchem o saco bem antes, durante (tudo bem, faz parte) e muito, muito, muito depois do jogo. O chato de galocha do meu vizinho FRAmenguista, sem “desconfiômetro”,  começa desde a manhã (o jogo será a tarde) com a “pentelhação”, berrando “Mengo” aos quatro ventos, vive aos berros com o pobre do filho de 3 anos que não o “deixa ver o jogo em paz” , e à noite quando vai sair, só o ouço gritando com a esposa que “sim, vai a festa com a camisa do  mengão”, e eu assisto, de camarote, do lado de cá, com dó da pobre moça, tão bem vestida com um mané a tiracolo, vestido de macaco listrado de vermelho e preto.

Há pouco tempo, “topei” com mais um desses chatos no trabalho, será que não tem noção de que o jogo já acabou, que já é segunda feira, que o domingo ficou lá atrás, e ele não está mais na mesa do boteco regada a chope (e cheiro de xixi) e que agora, no trabalho, praticamente ninguém mais “tá nem aí” prá futebol, e que o papo agora rola em torno do batente?

Mas o fulano não se emenda, a cada um que entrava na sala, no trabalho, o fulano repetia “e aí, o freguês (no caso, o adversário Vasco) tá de volta!!! Nas caras  abismadas dos colegas do trabalho estavam estampadas a perplexidade de todos, e o chato de galocha não se manca, e pela enésima vez repete “o freguês está de volta”! What?????????????????????
O freguês é a ... Holy shit! Só xingando em inglês. De novo não. Eu quero a morte.

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