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sábado, 15 de maio de 2010

Alta fidelidade

Alta fidelidade (“High Fidelity”) – o título desse filme faz alusão a vários significados da palavra – tanto no sentido “hi fi”, ou seja, “alta definição na reprodução de áudio numa aparelhagem de som”, assim como no sentido de “fidelidade aos princípios e costumes”, quando recusa-se a aceitar modernidades, e claro, no seu sentido mais profundo, entre relacionamentos afetivos (ou ao seu antônimo, ou seja, infidelidade).

O filme, dirigido por Stephen Frears (de “Ligações perigosas” e “Os imorais”) e estrelado por John Cusack (também de “Os imorais”, “Quero ser John Malkovich” e Tiros na Broadway”), é uma comédia romântica  inusitada, principalmente porque olha, e se volta, para o universo masculino, expondo tudo que o homem faz questão de esconder, ou seja, suas inseguranças sobre relacionamentos, sexo, traições e o famoso “pé na bunda”.

A história se passa nos anos 90, e o protagonista é dono de uma decadente loja de discos vinis, os famosos LPs, e totalmente avesso à modernidade dos CDs, exige fidelidade no som e nos seus discos e músicas, e passa o tempo todo do filme se questionando quanto aos seus repetidos fracassos amorosos.

John Cusack tem dois amigos/funcionários na sua loja de discos, e o ator Jack Black é um desses amigos lunáticos – sabe aquele amigo pentelho que todo mundo teve que aturar na infância? Pois aí está ele, na pele do ator, que está hilário dentro do personagem – as cenas mais hilárias do filme são protagonizadas por ele.

Jack Black é o sujeito que se esqueceu de crescer, é o gordinho desajeitado (com o famoso “cofrinho” à mostra), que se acha “perito” em rock, e a performance dele, no final do filme, cantando “Let’s get it on” de Marvin Gaye é o máximo.



John Cusack e os dois amigos/funcionários se divertem, durante a monotonia da escassa clientela, enumerando listas de “Top Five” – as cinco músicas prá quando se está na fossa, os cinco “pés na bunda” mais dramáticos que levaram pela vida afora, as cinco melhores (e piores) músicas de todos os tempos e por aí vai.

O protagonista passa o tempo todo do filme falando diretamente para a câmera, quase um confessionário, tentando nos mostrar o porquê de suas separações traumáticas, e curte a fossa nos brindando com o melhor do rock (a outra “estrela” do filme) enquanto tenta entender porque a namorada o deixou e o trocou pelo bicho-grilo Tim Robbins (outro ator que está hilário num papel nada convencional). A cena em que ele fantasia como irá expulsar o fulano da sua loja é hilária.

Bruce Springsteen faz uma ponta como ele mesmo, dando uma “palhinha”, e de quebra, dá uns conselhos amorosos para o personagem de  John Cusack . E o pop-rock  se faz presente nas músicas de Bob Dylan, Fred Mercury, Elvis Costello, Marvin Gaye e termina com a voz de Art Garfunkel cantando "I believe when I fall in love it will be forever" (de Stevie Wonder).



E para ilustrar ainda mais esse texto, assista "a pérola" abaixo em matéria de traição e "pé na bunda" – o programa intitulado "Pretinho básico", de uma rádio do sul, “desfila e destila” as traições femininas, em cada um dos signos do zodíaco, começando pelo meu signo, peixes (realmente não traio, por isso mesmo jamais admito ser traída) e as vozes masculinas, interessadas no tal horóscopo, são uma comédia à parte.



E por falar em top- five, vale uma olhada no programa CQC da Band, com Marcelo Tas, Marco Luque e Rafinha.





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