Comédia é para mim um gênero difícil, porque a piada, prá mim, precisa ser sutil, não gosto de comédias escrachadas, com cenas escatológicas, de gosto duvidoso, e muito menos pornochanchadas ou picardias juvenis, pois são piadas “forçadas”, manjadas, muito clichês, prá lá de batidas, nada originais.
Já gostei muito do gênero "non-sense" do grupo “Monty Python”, e as comédias do Leslie Nielsen (“Apertem o cinto, o piloto sumiu”), mas depois que foram demasiadamente imitados pelas contínuas sequências de “Todo mundo em pânico”, “Casseta e Planeta” e outros, acho que a fórmula se esgotou, perdeu um pouco a originalidade e consequentemente a graça.
As melhores comédias (trailer no final do texto) na minha opinião são, por acaso, um pouco antigas, talvez porque sejam precursoras de muitas das comédias atuais:
“Meu primo Vinny” com Joe Pesci (prá relembrar, ele foi o irmão de Jake “De Niro” La Mota em “Touro indomável” e um dos “Bons companheiros”) e Marisa Tomei (Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu papel engraçado e irreverente nesse filme) - os dois estão impagáveis no papel do advogado diplomado “por correspondência” e sua namorada, que “se viram” prá defender os primos adolescentes, injustamente acusados de um crime que não cometeram.
“Um peixe chamado Wanda” e “Será que ele é?” com Kevin Kline, que mostra seu lado cômico nessas duas comédias surreais – no 1º filme ele está o máximo como um malandro conquistador e seu falso e hilário sotaque italiano, e de quebra, tem o ótimo John Cleese, um dos integrantes do grupo Monty Phyton, e as cenas hilárias do personagem coadjuvante gago e suas tentativas infrutíferas para matar uma velhinha, e no 2º filme ele tem que provar para a sociedade de uma cidadezinha provinciana (e prá ele mesmo) sua (duvidosa) masculinidade (trailer e comentário desse filme, aqui no blog, no texto "Limpar salão em público - coisa de macho?" em março de 2010 - para ler esse texto, acesse o link a seguir: http://rosemerynunescardoso.blogspot.com.br/2010/03/limpar-salao-em-publico-coisa-de-macho.html).
Em “Melhor é impossível” Jack Nicholson consegue nos fazer esquecer as caras insanas e demoníacas, sua marca registrada, dos seus outros famosos filmes (“Um estranho no ninho”, “O iluminado”) e nos delicia como um rabugento portador de TOC (transtorno obsessivo compulsivo) e por isso mesmo irresistivelmente engraçado com suas gafes e humor negro.
“Tootsie” traz o ótimo Dustin Hoffman (dos também excelentes “Perdidos na noite” e “A primeira noite de um homem”, prá quem não sabe, esse não é pornô, apesar do título) na pele de um ator desempregado e frustrado que, travestido, tenta um papel de mulher numa novela de televisão. E a música “It might be you”, que acompanha os passos do casal em direção a um final prá lá de inusitado e divertido, é um bálsamo pros ouvidos.
Duas comédias brasileiras excelentes que, milagre, não partiram prá apelação (não há cenas picantes e piadas de gosto duvidoso, tão comum nas nossas comédias e séries tupiniquins) são as impagáveis “O auto da compadecida” e “Lisbela e o prisioneiro”, com o ótimo Selton Melo.
As do tipo sessão da tarde, sessão pipoca, meio comédia românticas, que rendem boas risadas:
Já gostei muito do gênero "non-sense" do grupo “Monty Python”, e as comédias do Leslie Nielsen (“Apertem o cinto, o piloto sumiu”), mas depois que foram demasiadamente imitados pelas contínuas sequências de “Todo mundo em pânico”, “Casseta e Planeta” e outros, acho que a fórmula se esgotou, perdeu um pouco a originalidade e consequentemente a graça.
As melhores comédias (trailer no final do texto) na minha opinião são, por acaso, um pouco antigas, talvez porque sejam precursoras de muitas das comédias atuais:
“Meu primo Vinny” com Joe Pesci (prá relembrar, ele foi o irmão de Jake “De Niro” La Mota em “Touro indomável” e um dos “Bons companheiros”) e Marisa Tomei (Oscar de melhor atriz coadjuvante por seu papel engraçado e irreverente nesse filme) - os dois estão impagáveis no papel do advogado diplomado “por correspondência” e sua namorada, que “se viram” prá defender os primos adolescentes, injustamente acusados de um crime que não cometeram.
“Um peixe chamado Wanda” e “Será que ele é?” com Kevin Kline, que mostra seu lado cômico nessas duas comédias surreais – no 1º filme ele está o máximo como um malandro conquistador e seu falso e hilário sotaque italiano, e de quebra, tem o ótimo John Cleese, um dos integrantes do grupo Monty Phyton, e as cenas hilárias do personagem coadjuvante gago e suas tentativas infrutíferas para matar uma velhinha, e no 2º filme ele tem que provar para a sociedade de uma cidadezinha provinciana (e prá ele mesmo) sua (duvidosa) masculinidade (trailer e comentário desse filme, aqui no blog, no texto "Limpar salão em público - coisa de macho?" em março de 2010 - para ler esse texto, acesse o link a seguir: http://rosemerynunescardoso.blogspot.com.br/2010/03/limpar-salao-em-publico-coisa-de-macho.html).
Em “Melhor é impossível” Jack Nicholson consegue nos fazer esquecer as caras insanas e demoníacas, sua marca registrada, dos seus outros famosos filmes (“Um estranho no ninho”, “O iluminado”) e nos delicia como um rabugento portador de TOC (transtorno obsessivo compulsivo) e por isso mesmo irresistivelmente engraçado com suas gafes e humor negro.
“Tootsie” traz o ótimo Dustin Hoffman (dos também excelentes “Perdidos na noite” e “A primeira noite de um homem”, prá quem não sabe, esse não é pornô, apesar do título) na pele de um ator desempregado e frustrado que, travestido, tenta um papel de mulher numa novela de televisão. E a música “It might be you”, que acompanha os passos do casal em direção a um final prá lá de inusitado e divertido, é um bálsamo pros ouvidos.
Duas comédias brasileiras excelentes que, milagre, não partiram prá apelação (não há cenas picantes e piadas de gosto duvidoso, tão comum nas nossas comédias e séries tupiniquins) são as impagáveis “O auto da compadecida” e “Lisbela e o prisioneiro”, com o ótimo Selton Melo.
As do tipo sessão da tarde, sessão pipoca, meio comédia românticas, que rendem boas risadas:
“Pequena Miss sunshine”,
“Mais estranho que a ficção”,
“Tudo acontece em Elizabethtown”,
“Simplesmente amor” ,
“Abaixo o amor”,
“O diário de Bridget Jones”
As “assistíveis”, como um passatempo sem compromisso, tipo “num tô fazendo nada, vou dar uma olhadinha”:
As “assistíveis”, como um passatempo sem compromisso, tipo “num tô fazendo nada, vou dar uma olhadinha”:
“As branquelas”,
“A máfia no divã” 1 e 2,
“Alguém tem que ceder”,
“O amor não tira férias”,
“Entrando numa fria” 1 e 2,
“Tratamento de choque”,
“Cruzeiro das loucas”,
“Euro trip”
"O amor é cego"
Mas prá mim, imbatível mesmo é o Woody Allen (já falei sobre esse grande cineasta, aqui no blog, em fevereiro de 2010, no texto "Coisas prá fazer antes de morrer), sempre inovador, consegue transportar pros seus filmes o cotidiano, com sutileza ímpar, em comédia e drama ao mesmo tempo. Inimitável. E prá relembrar, leia também, aqui no blog, o texto "Coisas que valem a pena viver" (também em fevereiro de 2010), sobre os lendários irmãos Marx, os verdadeiros precursores do gênero comédia.
Mas prá mim, imbatível mesmo é o Woody Allen (já falei sobre esse grande cineasta, aqui no blog, em fevereiro de 2010, no texto "Coisas prá fazer antes de morrer), sempre inovador, consegue transportar pros seus filmes o cotidiano, com sutileza ímpar, em comédia e drama ao mesmo tempo. Inimitável. E prá relembrar, leia também, aqui no blog, o texto "Coisas que valem a pena viver" (também em fevereiro de 2010), sobre os lendários irmãos Marx, os verdadeiros precursores do gênero comédia.
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