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terça-feira, 20 de abril de 2010

O filme "Across the Universe"

Across the Universe - os "Beatlemaníacos" adoram esse musical (eu me incluo aqui), porque lá estão reunidas todas as grandes músicas dos Beatles que marcaram toda uma geração, e ainda continuam encantando as novas e globalizadas gerações, como "While guitar gently weeps", "Get back", "All you need is love", "Don't let me down", "Revolution", "All my loving"  e claro "Across the Universe", e por aí vai.

Antes de mais nada, diferente dos demais musicais, as músicas desse filme não foram criadas para compor um enredo, ao contrário, foi a partir das letras das músicas dos Beatles que se criou o enredo desse filme, portanto não espere histórias mirabolantes, o objetivo e a intenção aqui foi criar uma história onde se poderia encaixar as famosas músicas do Beatles.

Mesmo recheada de clichês românticos e falhas no roteiro, a história consegue parecer verossímil, principalmente por retratar uma época romântica e revolucionária ao mesmo tempo. As músicas dos eternos Beatles é que fazem a história acontecer, ou seja, as letras das músicas é que fazem parte da trama e são elas que ditam o desenrolar da história.

Anos 60, auge da guerra do Vietnã, do movimento hippie, dos protestos anti-bélicos e anti-raciais (como o assassinato do líder Martin Luther King) "pipocando" por toda a América, o personagem Jude (nada mais que o "Hei, Jude" de Lennon-McCartney) sai das docas de Liverpool na Inglaterra (onde tudo começou), diretamente para o universo psicodélico de Greenwich Village (onde tudo acontecia), para conhecer Lucy (a personagem toma emprestado o nome da música "Lucy in the sky with diamond"), e nas ruas de Nova York tomadas pelos protestos iniciam um romance, que será a base para as músicas dos Beatles desenrolarem uma atrás da outra, na voz dos protagonistas e de seus amigos como, por exemplo, a divertida "With a little help from my friends".

O filme conta com a participação de Joe Cocker cantando "Come together" e também do vocalista do U2, Bono Vox, cantando "I am the walrus", e há referências a vários outros músicos, sendo as mais explícitas, nas figuras da roqueira Sadie e do guitarrista Jo Jo que lembram (mais no visual do que na voz propriamente dita), respectivamente, Jannis Joplin e Jimi Hendrix, respeitando-se as limitações, pois há de se convir que é difícil imitar esses dois talentos dos anos 60.

A personagem lésbica Prudence (em referência a música "Dear Prudence") protagoniza uma das mais belas interpretações da música "I wanna hold your hand". As cenas de confrontos raciais nas ruas de Detroit, com o menino escondido das chamas, atrás do carro, cantando "Let it be" (veja cena do filme no final do texto) e a música "Strawberry fields forever" em meio as explosões das bombas são emocionantes e ficam para sempre gravadas na nossa memória.

Quem conhece toda a trajetória dos Beatles vai encontrar, além das músicas, várias referências a lugares onde o famoso quarteto se apresentou, como por exemplo, a cena final do filme em que os personagens tocam no alto de um edifício, em referência a última performance musical dos Beatles, no final da década de 60, no alto do edifício da gravadora "Apple Records" e foram impedidos por policiais.

“Beatlemaníaco” ou não, não deixe de ver. É o retrato de uma época. Vale a pena.
 






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