Aprendiz de escritora (amadora sempre), esse blog é meu desabafo e minha redenção, não sei o quanto sou lida, se poucos me lêem, pelo menos os que se manifestam são entusiastas e me incentivam, e apesar de muitos não "me seguirem" (preguiça? vergonha de se expor??) sei que me lêem, pelos comentários sobre detalhes dos meus textos e pelo número de visualizações no blog, sei que são assíduos na minha página.
Não ouso colocar todo meu íntimo nesse blog, em segredo guardo textos que traduzem meu espírito contestador e inquieto, talvez um dia eu os reúna em um livro, e quando o fizer, não será sob um pseudônimo, será sim minha alma inteiramente desnuda. Mesmo que ninguém o leia, sigo, persisto (e persigo) escrevendo, parafraseando Clarice Lispector escrevo "prá ficar livre de mim mesma, do contrário morro".
Já me convidaram para escrever em revistas e jornais locais. "Modesta", brinco que só aceitarei quando for num grande jornal ou revista de grande circulação, mas na verdade o compromisso de escrever me incomoda, gosto do espírito livre, da sensação de descompromisso.
Pois o que chamam de inspiração não tem hora prá aparecer, costuma me chegar de improviso, às vezes, surge debaixo do chuveiro e ainda molhada do banho revigorante, pego na caneta e os pingos d'água dos meus dedos borram de tinta o papel com as palavras que brotam como mágica.
Às vezes, a inspiração me chega no meio da noite, de madrugada, me acorda de um sonho perdido, e ali mesmo, na penumbra, sob a luz do luar (ou a luz dos apartamentos vizinhos) me pego escrevendo meus rabiscos, só prá não me "escapar" aquele revoar de pensamentos.
Noutras vezes, a inspiração me "assalta" no meio da rua, na estrada, dirigindo, o que já me fez parar o carro num acostamento prá não deixar passar aquele turbilhão de pensamentos que cismam em invadir minha mente.
Se estou triste, saio à procura do mar, é minha maior fonte de alívio e inspiração, e se chove a beira-mar, meu choro misturado as gotas de chuva é catarse pura, meus olhos marejados se confundem com a maresia e essas horas sempre me rendem muitas e muitas inspirações.
A meus possíveis leitores, deixo um trecho do poeta alemão Rainer M. Rilke, em "Cartas a um jovem poeta", em que ele responde sabidamente ao jovem poeta (que insiste em querer saber se seus versos são bons ou não) - "Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever, examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos da alma, confessa a si mesmo: morreria, se lhe fosse velado escrever?"
mãe eu sou seu leitor hehehehe
ResponderExcluirquando acabar o mestrado escreve um livro logo.
beijos gabriel
eu tb li, axei mo legal continue sendo vc msm e escreva sempre o q der na telha, isso eh sempre bom (pelo menos p vc) só se importe c oq for construtivo (ignore os outros) bjs
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