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domingo, 15 de maio de 2016

O mundo está muito escroto, digo, estranho e nada belo (nem recatado)





O mundo está mesmo muito escroto estranho... E não é só no Brasil... Uma enxurrada de pensamentos retrógrados e machistas e de figuras macabras e esdrúxulas tem tomado conta do novo cenário mundial... Na América, quem desponta nessa categoria é o Donald Trump, com suas ideias fascistas do alto daquela cabeleira ridícula de palha assada (ou seria, palhaçada?? uahuahuah).

Já no Brasil a lista é enorme, começando pelo deputado EduRato Cunha que, da sua cadeira cheirando a enxofre (relembrando o discurso inesquecível de um deputado do PSOL na votação do impeachment), apesar de réu corrupto confesso, continua presidindo o Esgoto Nacional, e que agora, sob o falso pretexto de salvaguardar a rede virtual de crimes cibernéticos, o malévolo tem pretensões de mudar o Marco Civil da Internet” (que foi amplamente discutido com a participação aberta ao público internauta até à aprovação em 2013), com propostas de emendas que restringirão gravemente os nossos direitos de liberdade de expressão na web, uma vez que a proposta do maquiavélico rato de esgoto só poupará os que tiverem foro privilegiado (por que será, hem??).



E essa lista de gente escrota estranha se continua com o deputado Jair BolsoMonstro (assista ao vídeo abaixo e descubra a razão do macabro apelido) que evoca e enaltece torturadores (mas, se tiver que “morrer alguns inocentes”, como bem diz o monstrengo no vídeo aí abaixo, que seja então os seus eleitores sem noção que pactuam com o macabro, e que o levem junto).


Não satisfeito, o tal devil distribui agressões verbais “a torto e à extremíssima direita nazifascista”, tudo em nome da família brasileira” e, pasmem, “em nome de Deus” (em vão, óbvio)... e por aí vai a baixaria, a pobreza de espírito, a sandice e a falta de vergonha na cara (ou de 54 milhões e 500 mil cusparadas a mais na cara do tal).




O desfile de escrotidão é digno de um circo de horrores, que vai desde os “agradecimentos” esdrúxulos dos políticos na votação do impeachment até o ridículo boicote fascista aos humoristas do “Porta dos fundos” por conta das esquetes políticas, quando os mesmos ironizaram os políticos de direita (mas não houve o mesmo boicote aos comediantes quando o deboche era voltado para os políticos de esquerda), passando pela agressão covarde da PM aos protestos dos estudantes secundaristas de São Paulo  (e por trás dessas agressões, rola a obstrução da CPI da corrupção da merenda em SP), que obrigou pais e professores a levarem denúncia inclusive à Comissão Interamericana de Direitos Humanos. 


E o mais grave de todos, estamos assistindo crianças de 5-7 anos de idade reproduzindo o discurso de ódio e intolerância dos pais, agredindo coleguinhas da escola, desenhando a presidenta enforcada e fazendo panelaço como se fosse mera brincadeira, num cenário real de crise de polarização tão grave por que passamos, a ponto de nos levar a uma guerra civil...




Apesar de todo esse escracho que assola nosso país e toda essa polarização escrota, onde a população defende com unhas e dentes o seu “malvado favorito” (esperava-se que fossem corruptos apenas os políticos) como se fosse seu “time do coração”, eu vou me deter mesmo na reportagem mais escrota da hora, a da revista Veja, intitulada “Bela, recatada e do lar”...

A tal revista (aliás, alguém ainda tem coragem de ser assinante desse lixo??!!) se referia a Marcela, a esposa do nosso ainda vice-presidente Michel Temer, que publicou uma entrevista com a fulana (entrevista??!! a tal sequer abriu a boca...)


Aff!!! Que reportagenzinha medíocre e totalmente dispensável!!! Mas ainda bem que, apesar do mundo estar mesmo muito escroto estranho, ainda tem gente batalhando para desfazer essa péssima impressão de que o mundo não tem mais jeito... até os franceses se reuniram a nosso favor em defesa da nossa frágil democracia, ameaçada por empresários corruptos, policiais truculentos e políticos nazifascistas (e o povo tem medo de comunistas??!!).




E aqui no Brasil, sob a alcunha da hashtag “belarecatadaedolar” não foram poucos os “memes” (inclusive com ampla participação de artistas, inclusive de ambos os sexos, e do público da web em geral) contra a tal reacionária revista Veja...


Mulheres, todas não necessariamente tão belas, mas empoderadas e nada do lar, com muita honra (a Cléo Pires como guerrilheira está divina) se posicionaram contra a ridícula reportagem (que diz sem subterfúgios que a mulher ideal tem que ser “bela, recatada e do lar”, desmerecendo quem não se enquadra nesse padrãozinho) avacalhando e ironizando a decadente revista Veja (a ironia e o deboche brasileiro sobre o tema ganharam destaque inclusive na revista Forbes).





Óbvio que nenhuma mulher (nem mesmo a mais feminista de todas) está contra quem quer ser apenas uma mulher do lar, mas quando isto é uma escolha voluntária e não uma imposição machista... os defensores da tal revistinha medíocre alegam que uma grande parcela das mulheres brasileiras são também do lar e que isso não as desmerecem”...

É óbvio que ninguém questiona isso, mas esse discurso não cabe na reportagem da famigerada revista, pois lá está uma mulher NÃO representante da base da pirâmide da nossa sociedade feminina, pois a maioria das mulheres brasileiras donas de casa assim o são por falta de oportunidade e/ou de perspectiva e, inclusive, por imposição machista do marido, e não por livre e espontânea escolha como é o caso de uma minoria de mulheres, representada na vexatória reportagem da tal revistinha pela tal mulherzinha que parece que sempre esteve pronta para assumir o posto de primeira dama, ao lado do atual vice presidente (prá lá de) golpista.

Agora analisemos as “qualidades” da tal Marcela... a beleza plástica (e de plástico, pois parece uma boneca Barbie) da tal Marcela (devidamente conservada pelas idas ao dermatologista e ao salão de beleza, como a própria reportagem aborda) é contrastada pela juventude da mesma em relação ao seu maridinho (mais de 40 anos de diferença de idade, que fica ainda mais evidente com os vestidinhos de rendinhas e frufrus que a fazem parecer ainda mais jovem, praticamente parece a neta e não a mulher do tal, uahuahauah).

Quanto a ser recatada... a tal está mais para muda do que para recatada, uma vez que a mesma não abre a boca um só minuto na reportagem, só há frases indiretas de pessoas falando da dita cuja, todos falam por ela, desde a mãe, a irmã, o cabeleireiro... não há uma frase sequer vinda diretamente da fulana, só abordam o dia a dia fútil de uma mulher que passa o dia no salão e no dermatologista para ficar bela e mais fútil ainda.

Graduada em Direito??!! A fulana tem cara de “QI de ameba paralítica de plástico”, cara de quem comprou a vaga e o diploma enquanto aguardava um otário para bancá-la (e encontrou, rsrsrs). E leva a mal não, mas mulher vaidosa (como está provado que ela é), com menos de 40 anos de idade, casada com um idoso com 40 anos de diferença, que só usa saia abaixo do joelho??!! Das duas, uma: ou tem pernas feias, ou então... hum, sei não.... deixa quieto...

Quanto ao lar... convenhamos, até prova em contrário, a mesma está mais próxima do dólar do que do lar, já que com certeza não lava, não passa, não costura e não cozinha como as nossas verdadeiras mulheres do lar desse nosso Brasil (prá lá de) varonil e, ao contrário, a fulana vive em restaurantes luxuosos, salões de beleza e dermatologistas torrando a grana do marido (se bobear, em breve, saberemos que é a nossa grana), dizendo  ser “do lar” (ou melhor, as pessoas dizem por ela), sob o único pretexto de “cuidar do filho e da casa” (leia-se “comandar quem cuida do filho e da casa”).


E a (totalmente dispensável) reportagem termina com a deixa machista: “Temer é um homem de sorte”... eu diria que, ela é que pode sim ser considerada uma mulher de sorte (se é que ter um marido 43 anos mais velho possa ser chamado de sorte...), pois ela não tem o que TEMER, já que só tem contato com o idoso marido nos fins de semana...

Aos 75 anos, o TEMERoso filhote de Cruz Credo passa os seus dias, de segunda a quinta, em Brasília (isso que é sorte, “my darling”) e a tal Marcela fica em São Paulo torrando os dólares dele... realmente uma “mulher de sorte” que, na época do famigerado casório, aos 19 anos, arranjou um trouxa de 62 anos para bancá-la, antes mesmo de se graduar...

E a pergunta que não quer calar: será que o TEMERoso aderiu ao golpismo depois de aprender essa arte com a Marcela??!! A escritora e filósofa Márcia Tiburi (no vídeo abaixo) vai fundo no que realmente há, politicamente falando, por trás dessa escrota reportagem da revista Veja.




E é óbvio que eu não poderia deixar de citar o cinema para ilustrar essa famigerada reportagem... o filme “Mulheres perfeitas” (“Stepford wives”), com Nicole Kidman e Matthew Broderick (não é nenhum filmaço, mas é “assistível”) tem tudo a ver com o tema, pois mostra que apenas homens decrépitos e machistas querem essas “mulheres perfeitas“ de outrora, as submissas donas de casa dos anos 30-50, cumpridoras dos seus “deveres” domésticos...

Mas nós, a maioria das mulheres (que somos as principais interessadas), não estamos nem um pouco animadas a esse retorno ao passado, pois aquelas “mulheres perfeitas” (que o filme, em parte ficcional, retrata) só convêm aos homens (trogloditas, diga-se de passagem). 


Para nós é a imagem perfeita da mulher robótica, que não tem sentimentos, não ri, é apenas servil como qualquer estrutura cibernética. Queremos ser tratadas como seres humanos, nem melhor nem pior que os homens, com erros e acertos, raiva, alegria, solidão, tristeza, amor, compaixão, sedução.



Mulheres “comportadas” não fazem história... e uma dessas mulheres revolucionárias que realmente merecem uma reportagem, e é destaque atual no cinema, é a psiquiatra brasileira Nise da Silveira (no filme interpretada por Glória Pires) que revolucionou a psiquiatria no Brasil e no mundo.



Até mesmo a Barbie cansou de ser apenas magra, bela e recatada, e desistiu do chato e pentelho Ken e foi atrás de um Bob muito mais interessante...kkkk... E Fred Mercury foi um dos mais curtidos memes da vexatória revista semanal (na performance de uma dona de casa que desde o século passado já ansiava ser livre, na música “I want to break free”, nos idos anos 80), na tal hashtag “belarecatadaedolar” (Uahuahuah).




Postado por *Rosemery Nunes ("Adorável anarquista")


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