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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Amar e odiar intensamente

Perdi a conta de quantos já me rotularam como uma pessoa “intensa”, numa referência a “tudo que vivo, eu o faço intensamente”. Realmente, eu me jogo de cabeça em tudo que faço, e raramente admito derrota antes de tentar vencer a todo custo, e principalmente, tanto amo, como odeio, sempre intensamente, nunca, jamais superficialmente.

Vivo, amo, curto, assim como odeio e sofro sempre da mesma maneira, intensamente. Posso curtir tão intensamente um simples e modesto banho de chuveiro do mesmo jeito que curtiria um banho de imersão numa suíte presidencial de um hotel cinco ou seis estrelas. E expresso isso em palavras, sempre intensamente, por mais simples ou sofisticada que tenha sido a experiência.
E quando odeio (algo ou alguém), eu também o faço do mesmo jeito, sempre intensamente. E sempre de maneira explícita, ou seja, o dono da minha paixão, como do meu ódio, sempre será o primeiro a perceber esse turbilhão de sentimentos.

E uma das coisas mais chatas, que me irrita e que tem a ver com esse meu discurso de “amar e odiar intensamente”, é quando abro o Facebook (raramente o faço, só me obrigo a manter meu cadastro na rede porque é uma ferramenta dinâmica que tem uma grande utilidade de comunicação imediata e coletiva em grupos fechados) e me deparo, logo na página inicial, com a frase: “pessoas que talvez você conheça”.

“Pessoas que talvez você conheça” – com certeza, você já se deparou com essa frase acoplada ao lado do retrato da pessoa em questão. Será que a implicância é só minha, será que alguém compartilha comigo essa chatice?... Parece que não sou a única que se queixa desta e de muitas outras chatices do Facebook, como mostra o vídeo abaixo (e, no final do texto,  assista outros  “reclamantes”, como o roteirista norte-americano Julian Smith e outros).

“Pessoas que talvez você conheça”... taí uma ferramenta irritante que essas pentelhas redes sociais disponibilizam, para que você adicione alguém que faz parte do círculo social de algum amigo, mas que você não tem interesse algum em conhecer, muito menos de se tornar amigo.
E quando você menos espera, “tá lá o pedido de amizade” do então (quase) desconhecido (quando decidi entrar na rede, me prometi adicionar no máximo trinta pessoas, mas já dobrei essa lista e vivo fugindo dos inúmeros pedidos para “responder solicitação de amizade”) – na verdade, o(a) fulano(a) apenas quer você na lista para fazer número (como se ter muitos “amigos” no Facebook, fosse sinal de popularidade!).

Isso quando não é um chato de galocha ou, pior ainda, quando não é alguém do seu passado que te esnobou, e que agora “acha que você está por cima” e faz questão de “ser seu amigo”, ou no mínimo quer bisbilhotar a sua vida, mas você mesmo não quer ver o(a) fulano(a) nem pintado(a) de ouro.
Maldita hora que resolveram achar que uma máquina pode substituir o serviço de um ser humano; com certeza falta alma num robô, pois deveria constar o complemento fundamental, junto aos tais dizeres: “pessoas que talvez você conheça”,... e talvez você odeie”.

Concordo que entraríamos no campo da intimidade e privacidade, expondo os podres de cada um; mas fala a verdade, isso tudo é um saco, a gente quer se ver livre de certas figuras no nosso dia a dia, e de repente, no sossego do nosso lar, através da maquininha mequetrefe, a tal “persona non grata” invade nossa intimidade, se “oferecendo” para um futuro bate-papo amigo!!! É o fim da picada!!!

E lá está, na sua tela do monitor, o retratinho com o nome de uma das pessoas mais desprezíveis que você já conheceu na sua vida, em toda a face da Terra, que você passa o dia todo tentando evitar no trabalho, na rua,... e quando isso acontece, tenho ânsia de vômitos, e fecho essa merda de rede social para não mais ter que olhar para a foto do(a) “motherfucker”...

Mas, aí fico a me perguntar, por que cargas d’água aquele meu amigo teve coragem de se relacionar com o(a) tal? Tem gente que adiciona qualquer um na sua “lista de amigos” e, sem saber, adiciona o(a) tal desprezível “motherfucker”. E agora a maquininha (desprovida de sentimentos, discernimento e de crítica), acha que você vai querer também adicionar o(a) “motherfucker” a sua lista de amigos...
E então, para não ter que me deparar com “personas non gratas”, eu desapareço por um tempo deste universo de futilidades que são essas redes sociais, até que alguém me mande algo relevante por esse meio, e sem outra opção eu volto, com muita má vontade, a acionar o site e volto a checar minha conta e eventuais recados que possam me interessar.

Por isso, sou tão explícita nos meus relacionamentos, quaisquer que sejam eles (amorosos, familiares, de amizade, de trabalho, etc). Não deixo dúvidas, para evitar constrangimentos, todos sabem quem eu amo e quem eu odeio (mas não me martirizo com ódios e rancores, eu apenas excluo o indivíduo das minhas relações, tornando-o invisível para mim, é como se o sujeito não mais existisse para mim, mas eis que a maquininha...).
Por exemplo, um colega de trabalho, hoje ex-amigo, algum tempo atrás, tentou um retorno da nossa antiga amizade, me interpelando ao vivo no trabalho, ao que eu respondi secamente: “a vida é feita de escolhas, você escolheu agir como um legítimo babaca em relação a mim, e em troca eu escolhi nunca mais olhar para sua cara escrota”, e virei as costas e nunca mais olhei para a cara do "asshole", ou seja, ele se tornou invisível para mim socialmente (como sou profissional, só falo com ele assuntos exclusivamente de trabalho, isso quando não me é possível delegar tal função a outrem).

Algumas pessoas hão de achar que eu vivo me corroendo “em ódio e rancor” (as que não me conhecem como "adorável anarquista"), mas é diferente quando o “motherfucker” é imperito, mau caráter ou antiético, aí não há como não denunciar, e as pessoas às vezes acham que eu nutro ódio pelo sujeitinho, mas nesses casos é uma questão de princípios, de não ser conivente com imperícia, mau caratismo e falta de ética, daí minha denúncia constante que, muitas vezes, é mal interpretada por muitos como “simples ódio e rancor inconsequente”.
Mas o objetivo de ser tão explícita nas minhas relações, é que assim evito receber indevidos “convites de amizade” (ao vivo ou virtualmente) dessas “personas non gratas” (o tal motherfucker e o tal asshole, com certeza, jamais me mandarão tais convites), mas nem sempre isso é possível, pois a tal maquininha não sabe desses “pequenos” detalhes sórdidos, porque, vira e mexe, me deparo, com os retratinhos do “tal motherfucker e do tal asshole” na lateral da minha “página inicial” do Facebook, em “pessoas que talvez você conheça” (aff... quero vomitar) e, de vez em quando, ainda recebo alguns desses inconvenientes convites.  

Muitos dirão que o tal recurso ajuda a encontrar amigos, etc. Ok, tá bom. Vá lá. Mas a tal ferramenta poderia vir oculta, e assim só seria acessada por quem quisesse procurar por "pessoas que talvez você conheça", e não vir exposta na minha página principal com a foto do "motherfucker e do asshole" a olharem sorridentes para mim!!! Que porre!!!

Assim, quanto à inevitável ferramenta, já que não dá para bloquear essas “sugestões de amizade” da minha página inicial (já tentei fazer isso e já me informei que não é possível) de algumas dessas “personas non gratas” (algumas delas “prá lá de asshole e motherfucker”), poderia então haver uma dica, mais ou menos assim: “pessoas que talvez você conheça,... e talvez você odeie”, e junto aos tais dizeres, o detalhe mais importante, a frase deveria vir acrescida de um “não me add, please”. Tenho dito.




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