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quarta-feira, 22 de setembro de 2010

"Ser ou não ser babaca, eis a questão"

Há pouco tempo, me empenhei num "projeto de tese de pós-doutorado em ciências machistas", convocando voluntários, entre grupo controle e experimental, para compor meu "banco de dados" de babacas "propriamente ditos" e os "novos" babacas, respectivamente, tese esta que reproduzo abaixo:

"Tese  em  Ciências Machistas: procura-se voluntários para grupo experimental e grupo-controle
Título da tese:  "Existe correlação entre a idade cronológica do macho e o grau de babaquice?"

O objetivo principal do estudo é investigar por que alguns caras (aparentemente) legais ficam babacas com o avançar da idade e, se a convivência com os naturalmente babacas é um fator relevante, e por que não acontece o contrário, ou seja, por que os caras legais não conseguem transformar os naturalmente babacas em caras legais.

Segundo  "pesquisas", a consequência disso é que as mulheres legais acabam, ao conviver com esses novos babacas, virando as “chatas” prá eles, porque simplesmente tentam alertá-los pro grau elevado de babaquice, que eles não enxergam nunca.

Aceita-se, no grupo de estudo, como voluntários, os que preencherem critérios de novos babacas, e os naturalmente babacas entram no grupo controle.  A ciência agradece."

E hoje me pergunto: por que será não tive adeptos voluntários ????
 – pausa para reflexão – Será que os "novos babacas" têm vergonha de expor sua nova "roupagem" de ex-cara legal?  Será que ser ex-cara legal soa para eles como ex-cara bobalhão, ex-cordeirinho? Quanto aos babacas propriamente ditos, entende-se a omissão, afinal de contas, são babacas em todos os sentidos.

Mas mesmo com a abstenção, ainda concluirei minha tese, pois apesar de não ser um estudo “duplo cego” – pois a pesquisadora aqui não é cega (e muito menos boba) nos dois sentidos – os meus entrevistados, esses sim, cegos (e bobos), sem perceberem, me fornecem dados, cada vez mais relevantes, e tenho obtido resultados "estatisticamente significativos",

minhas conclusões preliminares são baseadas em experiências que mostram que, com a idade, os novos babacas, têm problema auditivo seletivo, ou seja, só ouvem os babacas "propriamente ditos" (ficam surdos para os amigos não “embasbacados”), e tomam como exemplo,  como “verdade verdadeira”, o comportamento de certos machos com mentalidade infanto-juvenil que fazem questão de posar como "bad boys",

só pensam em "zoar" a cara do próximo, vivem de "pegação", só querem desfilar com "carne fresca",  para dar "um gás" na vida insossa e sem graça deles, e rotulam todas as mulheres, sem exceção, como "dissimuladas", "pistoleiras", "interesseiras", só porque tomam conhecimento da existência de algumas poucas mulheres que se enquadram nesse perfil.

A explicação para o fenômeno está elucidada, mas por que o inverso nunca ocorre, ou seja, por que os caras legais não conseguem transformar os babacas propriamente ditos em “gente boa”? Que forças ocultas serão essas, que sempre atraem os caras legais, ao invés de repelirem os babacas propriamente ditos.

A ciência evolui, as mulheres avançam na sua eterna necessidade de serem soberanas de suas próprias vidas mas, se nem Freud conseguiu explicar o que as mulheres querem (na verdade, eu sei - leiam o texto "Afinal, o que querem de nós os homens", aqui no blog, em abril de 2010)..... e agora? Quem vai explicar esse fenômeno masculino???? Quem tiver idéia do que se passa na cabeça desses tais machos, aguardo contribuições para explicar tal despropósito. A ciência mais uma vez agradece.

Um adendo importante: mas nem tudo está perdido, para provar isso deixo aqui registrado o ótimo clipe do comediante canadense Jon Lajoie que espertamente captou "o espírito da coisa" e satiriza o "estilo fodão" dos babacas no ótimo rap "Every day normal guy" (abaixo).


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